Creations
Raw a Nude | Forgotten Fog | Morfme | Isto não é o meu corpo
RAW A NUDE
Raw a Nude é uma criação de dança contemporânea, um espaço de experimentação, física e simbólica, que se constrói entre o sonho/paraíso e um estado de limbo/inferno, umdiscurso perigoso entre a identidade, apresentação, subjectividade e sexualidade, com simbologias à ideia de perfeição e monstruosidade. Recria a ideia de corpo como objecto democrático, um manifesto de indiferença à diferença, numa simbiose de corpos idênticos que se manifestam alheios ao género.
A peça estreou a 16 de Fevereiro de 2019 no Cine-Teatro António Lamoso em Santa Maria da Feira.
Raw a Nude is a contemporary dance performance, a space of experimentation, physical and symbolic, that is constructed between a dream / paradise and a state of limbo / inferno, a dangerous discourse between identity, presentation, subjectivity and sexuality, with symbologies to the idea of perfection and monstrosity. It recreates the idea of a body as a democratic object, a manifesto of indifference to difference, in a symbiosis of identical bodies that manifest themselves outside the genre.
The play premiered on February 16, 2019 at the Cine-Teatro António Lamoso in Santa Maria da Feira.
Criação, creation: Diana Niepce | Performers: Diana Niepce, Mariana Tengner Barros | Música, music: Jonny Kadaver | Desenho de Luz/ Light Design: Carlos Ramos | Video: Joaquim Leal | Edição e montagem/ edition: Joa Gouveia | Fotografia cartaz/ Outdoor photography: Pedro Tiago | Fotografia/ Photography: Paulo Alegria | Figurinista/Costume designer: Nuno Antunes | Duração/Duration: 50 min |Audiodescrição / audiodescription: Anaisa Raquel | Apoios/Support: Armazém aéreo, Associação ADN, Produções Independentes, Estudio BelaLab – A Bela Associação
Frogotten Fog
Ela perdeu o coração.
És a única árvore no mundo, enterraste em raízes profundas. As camadas debaixo de terra habitam o esquecimento. Os corpos perdidos,encontram-se no caos obtuso. O frio é cada vez maior. Deixas de sentir as minhocas, os corpos anestesiados, falam de outros tempos, de uma outra vida.
She lost her heart.
You are the only tree in the world, you have buried deep roots. The layers below the earth inhabit the oblivion. The lost bodies are in the obtuse chaos. The cold is getting bigger. You stop feeling the
worms, the anesthetized bodies, they speak of other times, of another life.
Morfme
Pt
Morfme é uma peça de dança contemporânea criada por Diana Niepce e Vitor Bobetic para a Plural companhia de dança, com base em Lisboa, em colaboração com a Escola Superior de Dança, desenvolvida em 2016, com estreia no Museu Oriente e no Cineteatro Caracas em Oliveira de Azeméis
Tu és tu. O hibridismo do corpo transforma-se na estrutura metamorfa.
Híbridos, estranhos, deficientes, desconhecem o movimento natural do corpo. Lutam contra a normalidade que nada tem de normal.A metamorfose acontece de dentro e destrói o paradigma da contemporaneidade.A intelectualidade do corpo destrói a memória deste. São restos de pó. Cheira a mofo. Nada mais é diferente, apenas a constante mutação.
Eng
Morfme it’s a contemporary dance piece created by Diana Niepce and Vitor Bobetic for Plural dance company based in Lisbon in collaboration of the University of dance – ESD, developed in 2016, performed in Museu do Oriente and in Oliveira de Azeméis.
You are you. The hybridity of the body becomes the metamorphic structure. Hybrids, strangers, disabled, unaware of the natural movement of the body. They fight against normality that has nothing normal aboout. The metamorphosis happens from inside and destroys the paradigm of contemporaneity. The intellectuality of the body destroys the memory of this. They are scraps of dust. It smells musty. Nothing is different, is just a constant mutation.
Isto não é o meu corpo
Somos uma frequência. Somos corpo. Somos paisagem sensorial. Somos sagrado. Somos energia. Somos movimento. Somos criaturas. Somos mutantes. Somos olhos que se encontram por entre bocas abertas. Somos risos, línguas e deformação. Somos caricaturas. Vendem-se caricaturas, numa passadeira giratória. Há uma vulnerabilidade virtuosa que rompe dos padrões normativos do corpo. Um paradigma que discute falências. Há uma sabotagem entre a ficção e o real que percorre uma paisagem submersível da prática do ritual.
This not my body it’s a contemporary dance piece created by Diana Niepce, with the collaboration of Mélanie Ferreira for Plural dance company based in Lisbon in collaboration of the University of dance – ESD, developed in 2017/18, performed in Lisbon
We are a frequency. We are body. We are sensory landscape. We are sacred. We are energy. We are movement. We are creatures. We are mutants. We are eyes that meet between open mouths. We are laughter, language and deformation. We are caricatures. Caricatures are sold on a turntable. There is a virtuous vulnerability that breaks from the normative standards of the body. A paradigm that discusses collapse. There is a sabotage between fiction and reality, that runs through a submersible landscape of ritual practice.