29 e 30

Abr

2022

Anda, Diana

“Quero falar do que escondemos. Não existi quase toda a minha vida por culpa da crença de ter de existir num corpo que não era o meu. Vou parar de pedir desculpa ao policiamento da norma, que destrói tudo o que difere dela própria. Não sou incompleta. Quero parar esta violação da minha intimidade e ninguém me dirá como ser. Deixei de procurar o meu corpo no corpo do outro e encontrei-me com o outro. No trato secreto que faz do meu corpo um contador de histórias, encontrei o sentido do seu estado íntimo e real.”  — Diana  Niepce

Nesta peça, a bailarina e acrobata Diana Niepce retrata a reconstrução do seu eu, depois de uma queda (que a deixou com uma lesão medular), num diálogo entre corpo e mente, entre a lógica e o caos, até construir o corpo que dança. Nesta peça questiona-se o que é a norma, desafiando os preconceitos e as ideias que a sociedade tem no que respeita à estética dos corpos. Aqui, a deficiência, ainda que presente, não se posiciona como uma vítima do sistema. Pelo contrário, este corpo fora da norma posiciona-se como revolucionário.

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